sábado, 18 de maio de 2013

Poema " Orgasmar em Frenesim "


Olhas-me de esguelha
Mas finges-te de desinteressada
Coças a orelha
Um bocado atrapalhada

Cerras os olhos
E danças em adágio
A coçar os entrefolhos
Enquanto mordes o lábio

E eu viro as costas
Lentamente para ti
Para ver se gostas mesmo
De andar atrás de mim

E tu avanças sorrateira
Sem hesitar em se encostar
Inocente à minha beira
Com pretextos para dançar

Mas eu deixo-te para trás
Só para aumentar o suspense
Elegante, hábil e audaz
Sem te dar alguma chance

E o teu coração pára
E o teu peito congela
E com lágrimas na cara
Ressente-se uma donzela

Que me deseja obter
Sem vergonha, totalmente
Enquanto implora por prazer
E ouve gritar na sua mente

Ai, seu desgraçado
Se eu pudesse
Nem sabes o que eu te faria
Esgalhava-te esse nabo
Ó minha rica alegria

Da forma que mais te apetece
Rossando o meu rabo
No teu penis arrosado
Bem longo e tão largo

Seria a tua princesa
E fariamos uma grande festa
E com toda a absoluta certeza
Que queria o teu sémen na minha testa

Por isso fode-me cabrão
Vem! Não fugas de mim
Pois eu quero-te Pavão
Que me fodas sem fim

Então se me desejas obter
Como nunca desejaste alguém
Deixa-te vir sem querer
Morde o meu isco e vem

Bebes libido como se fosse água
E cantas como uma harpa
Gemes angustiada com tal mágoa
Tu ó mística mulher-carpa

Encanta-me lá, então ó sereia
Causa-me o maior drama
Com esses seios teus de areia
No teu rochedo, na minha cama

Inala-me como inalas o mar
Lambe-me como lambes as algas
Diz-me como desejas levar
Nessas sedentas e famintas nalgas

Mostra-me a tua caverna subterrânea
O tesouro que existe em de ti
Para que por uma fracção momentânea
Possamos ambos orgasmar em frenesim

E possamos submergir esta vontade
Nos nosso corpos em esquecimento
Juntando as nossas mentes na verdade
Por um, simples, breve momento...

Enquanto as nossas almas lambem-se em euforia
E o cosmos se recria em harmonia.

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